O Master System III é um dos videogames mais icônicos da história brasileira.

Lançado pela Tec Toy no início da década de 1990, o console foi uma adaptação nacional do Sega Master System II, com mudanças que o tornaram único e ainda mais próximo do público daqui.

Em uma época em que o mercado internacional já migrava para os 16 bits, o Brasil abraçou o Master System III.

Com preço acessível, jogos traduzidos e títulos na memória, ele conquistou espaço e se tornou parte da infância de milhões de jogadores.

A chegada ao Brasil

O lançamento do Master System III foi estratégico. A Tec Toy percebeu que havia um espaço no mercado para um console popular, capaz de oferecer entretenimento de qualidade sem custar tão caro quanto os concorrentes mais modernos.

O aparelho chegou com design moderno, carcaça preta e botões vermelhos, trazendo também jogos gravados na memória, como Alex Kidd in Miracle World ou Sonic The Hedgehog, o que ajudava a atrair novos consumidores sem a necessidade imediata de comprar cartuchos.

Diferenças em relação aos antecessores

Em comparação com o Master System e o Master System II, o modelo III trouxe mudanças que agradaram ao público brasileiro. Além do visual renovado, a possibilidade de jogar títulos já embutidos no console fez sucesso entre famílias que buscavam custo-benefício.

A compatibilidade com a biblioteca completa de jogos do Master System garantiu ainda mais atratividade. Isso fez com que o console se mantivesse relevante, mesmo em um mercado que já começava a receber aparelhos mais avançados.

Sucesso entre os brasileiros

Durante os anos 90, o Master System III foi um dos videogames mais vendidos do país.

Enquanto Nintendo e Sega disputavam espaço no exterior com Super Nintendo e Mega Drive, no Brasil a Tec Toy conseguiu prolongar a vida útil do Master System como nenhum outro país fez.

A empresa também investiu em adaptações locais, como jogos da Turma da Mônica, que substituíam personagens originais por ícones nacionais, aumentando a identificação do público.

Essas iniciativas ajudaram a consolidar o console como fenômeno cultural.

Um legado que continua

Mesmo após o fim da era 8 bits no mundo, o Master System III nunca deixou de existir no Brasil.

Novas versões atualizadas, chamadas de Master System Collection, foram lançadas ao longo dos anos, com dezenas de jogos na memória.

Esse ciclo prolongado fez do console um caso único no planeta, transformando-o em um verdadeiro clássico nacional.

Para muitos jogadores, o Master System III não foi apenas um videogame, mas o primeiro contato com o universo dos games.